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Em entrevista para o site norueguês Dagbladet, Lana Del Rey falou sobre o novo álbum, circunstâncias infelizes que aconteceram em usa vida e muito mais. Leia abaixo a tradução da matéria:
São 2h da manhã e Lana Del Rey está relaxada e exaltada ao mesmo tempo.
Dagbladet fala com ela durante uma hora depois de sua performance em Bergen, que se estabeleceu até domingo. Ela já concluiu que o show desta noite foi um dos mais memoráveis em sua carreira.
Lana: Eu tenho essa sensação de que não importava se eu cantasse jazz ou um dos meus novos singles, as pessoas iriam estar lá comigo, e ter uma boa compreensão de quem eu sou.
ÁLBUM
Tanto o Dagbladet e VG deram a nota 5. Lana o descreve como uma mistura do psicodélico dos anos 70, a fusão da Costa Oeste e jazz no subsolo.
Lana: Eu não sou tão formal mais, eu me sinto mais espontânea agora. É mais sobre o momento – o que é instantâneo – do que me influenciou, tanto o bom quanto o mau.
-Você canta sobre dinheiro, bebidas, alimentação e “dormir” com alguém para o seu caminho até o topo…?
Lana: Tudo sobre o que canto neste disco é uma combinação de coisas que já aconteceram, e coisas que as pessoas acreditam já ter acontecido. Money Power Glory, por exemplo, é sobre como as pessoas me interpretaram e me entenderam mal. É uma resposta sarcástica a isso. West Coast e Cruel World são conectadas à emoção que sinto quando estou na Costa Oeste, onde vivo agora, depois de ter me mudado de Nova York. Tudo é sobre como os outros me vêem, e como isso me afetou.
-Em outras palavras, você está tomando uma posição contra o preconceito?
“Sim, essa é a minha resposta. Eu me senti muito sarcástica enquanto eu escrevia algumas dessas músicas”, ela diz e ri.
CIRCUNSTÂNCIAS INFELIZES
Ela pode rir, apesar da mídia, em massa, ter pintado seu retrato com pinceladas tristes e pesadas.
A garota de 27 anos, cujo nome verdadeiro é Elizabeth Grant, já havia contado sobre como ela foi mandada para um internato aos 14 anos porque tinha problemas com a bebida. Também sobre o culto que ela fazia parte, e foi usada. E seus muitos namorados “rock and roll”.
-Sem falar que ela soa inegavelmente triste em muitas de suas canções. Mas ela está?
Lana: Depende. Eu realmente não sei por que tudo tem que soar tão amargo. Eu me sinto pacífica e calma enquanto escrevo hoje em dia, refletindo sobre as experiências que tive. Eu era sarcástica, estava chateada com coisas pessoais na minha vida e como ela tem sido. Mas de uma forma mais reflexiva do que triste desta vez.
-Você depende de uma certa quantidade de tristeza para fazer a sua música?
Lana: Não, eu não acho que seja assim. Acho que eu tenho sido infeliz com as circunstâncias, e isso afetou minha escrita. Mas agora, estou em estado de paz de espírito, mas não tenho sido exatamente muito feliz em algum tempo também.
Pode parecer que Lana Del Rey acrescenta seu quinhão de combustível ao fogo. Não muito tempo atrás, ela disse que muitas vezes sentiu-se mal, sem saber porquê. E então nós temos a citação que se tornou global, uma vez que foi publicada pelo The Guardian: “Eu gostaria de já estar morta.”
-O que você quis dizer com aquilo?
Lana: Esta é outra forma de sensacionalizar o que quer que eu esteja dizendo. Isso me deixa tão irritada. Eu conversei com o escritor por três horas, e ele viu o meu show. Quando você está em um quarto com alguém, não é apenas sobre o que você está dizendo, mas é também sobre a sua personalidade e como você é como pessoa. É sobre a leitura entre as linhas. Eu não entendo porque ele sentiu a necessidade de levar isso ao pé da letra. Para completar, ele me fez perguntas muito diretas. Ele falou sobre Kurt Cobain e Amy Winehouse, perguntou-me muito sobre a morte e me sondou para receber respostas e como eu me sentia sobre morrer jovem, porque eu estava triste e já passei por muito. Ele queria saber se eu já tinha pensado em morrer, e sim, às vezes eu pensava. Mas não sempre. Apenas naqueles dias em que tudo parecia demais. Mas tenho dias em que isso me afeta menos. O jeito que ele escreveu fez tudo parecer mais chocante do que realmente é.
Então Lana Del Rey não está triste o tempo todo, em caso de alguém ainda ter essa impressão. Ela se sente melhor ao cruzar a Califórnia, onde ela vive atualmente.
Lana: Eu passo bastante tempo no mar, na praia, com bons amigos. Eu amo gravar minhas músicas. E eu amo ir a shows, assistir estrelas do rock como Courtney Love, The Who e Guns And Roses.
-Você sente que a mídia fica muito presa à esse seu lado triste?
Lana: Um pouco. É também sobre ser obcecado com o conceito de alguém. É por isso que eu escolhi algumas das músicas que eu escolhi no tracklist de Ultraviolence. Mas eu entendo também, do jeito que está. Faz uma boa história, mas não tem que se tornar ficcional também.
-Como é ser você?
“É bonito e confuso.” – ela responde, depois de pensar sobre o assunto em silêncio. E então ela elabora – “Eu sou uma pessoa imaginativa, eu gosto de ser pega de surpresa na vida. Mas eu sou sensível demais. Acho que é difícil quando as coisas ficam fora do meu controle. Mas eu ainda consigo desfrutar de momentos de verdadeira beleza, como estar aqui esta noite, enquanto ainda está brilhante lá fora e o céu está azul. Eu gostaria de capturar isso em músicas, e minha maior paixão é ainda é escrever. Faz uma boa manifestação de todo o mal-estar, e toda a confusão dá vida a coisas bonitas. Eu sou abençoado de ter isso para ‘me segurar’.”
-Você parece agradecida.
Lana: Eu estou. Quando tudo se resume a isso, é tudo sobre a música. Essa é a única coisa na minha vida que eu não posso fazer errado.
Créditos: Lana Del Lovers
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